Polícia investiga morte de mulher durante procedimento estético em MG
12/12/2025
(Foto: Reprodução) Polícia investiga morte de mulher durante procedimento estético em Montes Claros
Uma mulher de 42 anos morreu durante um procedimento estético realizado por uma médica em Montes Claros nessa quinta-feira (11). O caso é investigado pela Polícia Civil.
Segundo a delegada Francielle Drumond, a vítima compareceu a uma clínica para fazer uma “mini lipo”, procedimento menos invasivo que a lipoaspiração tradicional. Ela teve uma parada cardiorrespiratória no local. O Samu chegou a ser acionado e prestou os primeiros socorros, mas a mulher faleceu.
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“Compareceu ao local uma equipe de investigadores aqui da Delegacia de Homicídios, bem como a perícia técnica. Tudo indica, de forma preliminar, que o local era inapropriado para a realização desse tipo de procedimento estético, mesmo que seja minimamente invasivo.”
Ainda de acordo com a delegada, o corpo da vítima foi encaminhado ao Posto Médico Legal, onde exames confirmaram a causa da morte como choque hemorrágico em razão de trauma na artéria femoral.
1ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Montes Claros
Carla Marques/Inter TV Grande Minas
“A polícia vai dar início à coleta de elementos informativos para verificar se essa profissional tinha habilitação para a realização deste procedimento, bem como se o local tinha equipamentos de suporte e alvará de funcionamento.”
Além dessas questões, os envolvidos devem ser ouvidos pela Polícia Civil nos próximos dias.
A delegada Francielle Drumond deu orientações para quem deseja fazer procedimentos estéticos.
“A recomendação é que se procure um profissional habilitado e um hospital que possa dar todo o suporte em caso de qualquer tipo de intercorrência.”
Procurada, a família da mulher preferiu não se manifestar. Até a última atualização desta reportagem, o corpo estava sendo velado em Montes Claros, com previsão de ser sepultado em Porteirinha.
A delegacia regional do Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais em Montes Claros informou que a corregedoria deve abrir uma sindicância para apurar o caso. Não há prazo para conclusão do procedimento.
O que diz a defesa da médica
O advogado Warlem Freire, que defende a médica, informou que ela classificou o episódio como uma "fatalidade" e que manteve contato com a família da paciente para prestar o apoio necessário.
O defensor ainda afirmou que a cliente tem certificações que permitem realizar o procedimento, apesar de ela não ter especialização registrada na página de consulta dos profissionais do Conselho Regional de Saúde de Minas Gerais.
Ao ser questionado se a "mini lipo" não deveria ser realizada por cirurgião plástico, o advogado afirmou que não podia se manifestar, já que não tem conhecimento técnico sobre isso.
“Ela [médica] é habilitada para fazer esse tipo de procedimento mesmo porque, ao que me parece, esses procedimentos estéticos têm uns mais simples e outros mais complexos. Esses mais simples podem ser realizados em clínica, como ela já fez.”
Sobre a estrutura disponível na clínica onde a mulher estava sendo atendida, o advogado informou que isso será algo de apuração por parte da polícia, mas, segundo a cliente dele, trata-se de “uma clínica habilitada que tem todos os equipamentos para esse tipo de procedimento, tanto é que ela já fez vários outros e nunca teve nenhuma intercorrência.”
Warlem Freire ainda falou que a paciente fez exames antes do procedimento e assinou um termo de consentimento, ressaltando que ela era da área da saúde e também trabalhava com estética.
“Ela sabia exatamente tudo que tinha que ser feito, como é que era, e nós temos documentos assinados por ela, onde ela toma conhecimento, é um termo de consentimento, onde ela manifesta ciência de tudo que ia ser feito.”
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